Bom dia a todos os amigos, frequentadores e colaboradores do nosso humilde blog,
final de semana prolongado, acabamos indo pra umuarama na casa da sogra, e curtindo um final de semana na pacata cidade com bons amigos, cerveja gelada, carinha e um violão ...
Bem hoje vo publica uma entrevista dada aos nosso amigos polemicos da banda
A SEXTA GERAÇÃO DA FAMILI PALIM DO NORTE DA TURQUIA, no blog dos caras "aqui" tem a entrevista mas com uma certa edição, como o FERNANDO PALIM ou HASTUR disse ...
"Cara, ficou polemica do mesmo jeito, porém como é um blog não adianta escrever muito: A galera não le tudo quando o texto é muito grande, tirando alguns pedaços ainda ficou muito grande! A última pergunta eu achei que não era importante, pois queria que a entrevista tratasse de música independente e não de Rock independente saca? por isso não coloquei ela, acho que fiz a pergunta errada, por isso não foi pro blog."
Tae ela na integra, e hoje entra no ar no site da Rádio EBTK Porto Alegre na nossa mais nova coluna e na nossa coluna no site mineiro CENA ROCK.
Cara o que é o Lançamento Virtual?
Bem, o mundo da música faliu, as pessoas do ramo estão perdendo emprego, pois as gravadoras já não tem a mesma força de outrora. Os meios convencionais de divulgação musical encolheram, as revistas e rádios estão sumindo, venda de discos se tornou uma lenda distante. A onda digital não é marolinha, mas sim tsunami e, a Internet, neste contexto, é veículo mais utilizado pelos consumidores de música. Em pleno 2008/2009, você teria que ser maluco para resolver iniciar uma empreitada dentro dos velhos moldes comerciais. Assim, a Timbre Noise se propôs a encarar a nova realidade de frente, lançando artistas do meio da música através da Internet.
É tudo uma questão de visão e disposição. Onde varias pessoas vêem falência, nós avistamos oportunidade. Onde pessimistas enxergam o fim, nós enxergamos novos começos. A verdade é que em nenhum outro momento da história houve tanta gente interessada em fazer e ouvir música nova. Hoje não é necessário mais ficar preso aos produtores, gravadoras, etc., pois a tecnologia está ao alcance, não é mais exclusividade de uns e outros, basta ter talento e vontade. Se você tem algo a dizer, há alguém para ouvi-lo. É só agir.
Qauis as bandas lançadas pela Timbre Noise?
A Timbre Noise esta fazendo exatamente isso. Pela Timbre Noise passaram bandas como FLUID, FLATTERMAUS, DRAMA BEAT, THE NAME, THE CLEANERS,THE STONED SENSATION, DIZZASTER, WOLF ATTACK,FLUXODRAMA,LAMBORGUINES, NARCOTIC LOVE, EPIFANIA, THE SOUNDSCAPES, SERES INTELIGIVEIS, MORGAN LE FEMME, CLA MCLOUD e CATAVENTO DE BOLSO.
Lançada a idéia, um monte de gente bacana ao longo do tempo foi se aproximando para participar de alguma forma, músicos, colaboradores, patrocinadores e principalmente as pessoas que acessam para ouvir ou baixar as músicas disponíveis.
Sempre achamos esse negócio todo muito romântico. Resolvemos fazer o selo pra ajudar a melhorar a cena do rock na região e no Brasil, mas até bandas estrangeiras já foram lançadas pela TIMBRENOISE. Se a banda é legal, a gente quer ajudar a mostrar.
Assim se escreve a história de quem movimenta o mundo: vontade, disposição, ação. Nós fizemos muitas contas e as contas mostraram: nós vamos perder dinheiro, ao menos por ora. Mas acreditamos que estamos no caminho certo, e a quantidade de acessos vem comprovando isto. Se alguém um dia pegar um Disco Virtual do selo e pensar, 'nossa, esse disco é legal, essa banda é legal, esses caras devem ser legais, vamos ouvir o que mais eles lançam', pra gente já valeu, pois com certeza esta pessoa vai levar a informação para outra e assim sucessivamente.
A verdade é que hoje vivemos um ótimo momento para a disseminação da cultura: todos são livres, os blogs têm alcance em seus micro-universos, cada um oferece seu ponto de vista e todos coexistem entre si. Hoje todos formam suas próprias opiniões e dentro de seus contextos - sem depender de ninguém dos grandes conglomerados da informação para lhes dizer o que é bom e o que não é, o que importa e o que não, o que vale a pena e o que é truque.
O que nos resta: os selos, blogs, podcasts, produtoras que nos oferecem seu ponto de vista. Existem muitas bandas boas espalhadas por aí hoje.
Então o lançamento funciona como uma curadoria, apresentando o que achamos de mais legal.
Porque, afinal de contas, se você tem uma idéia, uma paixão, uma opinião, uma visão,
quem vai mostrá-la ao mundo senão você mesmo?
Para nós o Lançamento virtual é a apresentação, a divulgação do que entendemos ter potencial e não aquilo que já está comprovado como sucesso. Tentamos não deixar morrer uma boa idéia no meio de tanta mediocridade vigente no meio da música.
Qual a visibilidade que tiveram essas bandas depois de serem Lançadas?
Bem, se antes um flyer de divulgação de show tinha que ser colado em postes e muros das cidades, entregues em portões de colégios, hoje ele chega diretamente no e-mail das pessoas. Se as bandas tinham que fazer uma gravação de qualidade duvidosa numa fita cassete e sair por ai batendo nas portas das gravadoras, hoje elas podem gravar com mais facilidade e fazer um lançamento virtual ou qualquer outra coisa que seja, na verdade encurtamos o caminho entre a música e o ouvinte, ajudamos a divulgar o trabalho do músico com mais facilidade.
Basta disponibilizar as músicas no My Space, Last FM, sites de relacionamentos e afins. Coisa que na grande maioria bandas não gostam de fazer e acham que shows e aparições vão cair do céu, tem que botar a mão na massa. Trabalhar e deixar de ser bandinha de cover.
Todas as bandas das quais lançamos sem dúvida tiveram um salto e tanto em termos de visibilidade. Não acompanhamos o pós-lançamento, mas a soma de alguns fatores comprovam o sucesso do lançamento virtual, por exemplo, o retorno dos músicos têm sido sempre positivo, o número de acessos e downloads ao blog estão cada vez mais crescentes, bem como a procura dos anunciantes.
É claro que existem aqueles que atiram pra todo lado, algumas bandas que acreditávamos ter potencial, vieram atrás para fazer o lançamento, mas a mentalidade dessas pessoas era de sucesso em curto prazo. Apesar do descaso desses músicos, consideramos que os lançamentos obtiveram êxito, vez que o material continua no ar e os acessos aumentam a cada dia, hoje em torno de 2.500 acessos diários.
Não somos milagreiros. Somos trabalhadores, que dedicam parte do seu tempo, que poderia ser dedicado à família, ao lazer ou a qualquer outra coisa, para tentar mudar o esquema de divulgação da música. Queremos apenas fazer a música chegar para o ouvinte.
Muita gente (gravadoras, produtores e empresários) presta atenção nos lançamentos em busca de novos talentos, então, para aqueles músicos/bandas que ainda estão sonhando com o passado, proporcionamos que eles façam o trajeto underground – grande mídia / gravadora.
Em um texto que tá rodando na Internet voce fala da baixa aceitação das bandas de Maringá com relação ao lançamento virtual da Timbre Noise, porque isso acontece? Voce gostaria de trabalhar com mais bandas daqui?
Santo de casa não faz milagre, certo? Existem os músicos e os artistas, gostamos dos primeiros. Os “artistas” maringaenses são um grupo que até hoje não conseguimos decifrar, são cheios de nove horas, hipocrisia, falsidade, tem muita gente falando e pouca gente executando. E Rock em Maringá, com raras exceções, é coisa de médio-classista com pinta de rico, e é claro que pra essa gente, as coisas de fora sempre são melhores. A cabeça desse pessoal freqüenta Londres e Nova Iorque, mas os pés estão mais vermelhos do que nunca.
Construímos parcerias sólidas fora daqui, e sempre na base do companheirismo e comprometimento, e aqueles que trabalharam conosco desde o princípio tiveram retorno, talvez não financeiro, mas sim reconhecimento: tocaram em festivais, tiveram suas musicas divulgadas em rádios de outros estados, até mesmo shows com tudo pago pra fora do mundo maringlês rolou, se é que me intende.
Continuando assim, vão continuar tocando cover na cidade canção, e jogando todo o talento no lixo!! Cara, o lance não é se queremos ou não trabalhar com as bandas daqui, mas sim se vale a pena se envolver com certas pessoas, mas estamos aberto a conversas e avaliações de materiais, basta entrar em contato, acho que todo mundo já sabe como, e com quem falar.
O que voce acha que precisa acontecer para que a "cena" independente da nossa cidade se torne Sólida?
Deixar de lado paradigmas e abandonar o passado. Cada local tem uma realidade, peculiaridades, e Maringá não foge da regra, não adianta ficar copiando modelos de fora, e sim criar a nossa “cena”, do nosso jeito, com as nossas características. Isso deve começar com a atitude dos músicos, desde a criação até o jeito que se portam em público e expõe seu material, para mudar a imagem de que se deve fazer sempre o que o público espera que os músicos façam, aquilo que o público vê na MTV ou coisas baseadas em outras épocas, como anos 50,60,70,80 e 90. Isso já foi. E outra, influência não significa ser cópia ou ter de fazer semelhante.
A gente vê a cena e a produção local voltando novamente num processo embrionário, estão surgindo coisas novas. Novas em termos, mas tem o Andye do Projeto ZOMBILLY de Terça voltando a fazer o rock na cidade depois de muito tempo tranquilo, mostrando como se trabalha com responsabilidade com os músicos, sem fazer ninguém de trouxa e sair pagando de movimentador cultural, a atitude é exemplar.
Todo mundo diz que tem que existir um movimento geral, mas não existe um movimento, e sim uma movimentação.
Temos bandas como a Familia Palim, por exemplo, que é uma galera bem foda, que vai estourar com certeza, com músicas que valorizam letra e melodia, a Seres Inteligiveis, a Kicking Bullets, Ted Gugu. Tem o Paulinho Schoffen com um projeto que digamos de passagem ser o melhor que Maringá já viu até hoje em questão de movimentação e organização.
Está todo mundo de algum modo somando e movimentando o lado musical de nossa cidade sem ter que ser o nosso tal conhecido FEMUCIC.
É lógico que sempre tem uns que atrapalham e queimam nossa cidade, sendo até taxada por pessoas conhecidas no meio independente como a cidade dos produtores pilantras, mas essa parte é bem pequena e com o tempo o vento sopra.
Além disso, algumas iniciativas como a montagem de um selo fonográfico, o ‘TimbreNoise Lançamentos Virtuais’ e agora o Zombilly Tracks # 01, também fazem parte desse momento.
A cidade tem um número grande de bandas, passeando por estilos diferentes ou fazendo suas leituras de coisas já passadas.
Para se tornar sólido o movimento é necessário trabalhar em conjunto e se organizar.
Quem faz rock roll aqui na Seattle brasileira?
Muita gente diz que faz, mas é muito peido pra pouca bosta.
Familia Timbre Noise
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