terça-feira, 25 de agosto de 2009

Entrevista: Copacabana Club | Alexandre Correa

Salve, salve amigos e colaboradores a entrevista abaixo foi feita pelo camarada Alexandre Correa do site MOVE THAT JUKEBOX para a edição de maio da Revista Noize.

Aproveitem as parcerias e novos horizontes ...

copacabana-club

Pouco tempo depois do surgimento repentino, o Copacabana Club já é uma das bandas mais estouradas do Brasil. Foi só lançar o EP King of The Night, produzido e distribuído de forma completamente independente, que, num piscar de olhos, Curitiba ficou pequena demais para o quarteto.

Conversamos com Camlia e Tile (vocalista e baixista, respectivamente), para entender a nova fase da banda, em que os sinais da fama já borbulham.

Para começar, o que era o Copacabana Club no início de 2008 e o que é ele agora, depois de ter conquistado certa fama pelo país?

Caca V: Exatamente um ano atrás estávamos colocando o nosso EP para download no Myspace. E não imaginávamos de maneira alguma chegar até aqui. Um ano depois, temos um vídeo clipe na bagagem, e mais de 100.000 plays no Myspace. Isso é incrível.

T. Douglas: acho que o Copa está mais maduro como banda, temos mais músicas boas na bagagem também… Acho que todos estão levando mais a sério a banda.

No ano passado, vocês não tinham muita pretensão de lançar um álbum “completo”, pelo o que percebi na entrevista que fiz com vocês. Isso já mudou?

Caca V: Sim. Naquela época acho que o nosso repertório tinha 8 ou 9 músicas. Hoje temos 13, e mais algumas pra fechar. Não acho que o álbum sairia dessas 13, mas de qualquer maneira já pensamos em gravar um disco. Ainda queremos amadurecer algumas canções. Mas acho que até o início do ano que vem, sai.

T. Douglas: É bem o que a Caca falou, vamos fazer mais algumas músicas e deixar essas que temos agora mais redondas, lapidadas… Acho que o álbum seria pro início de 2010 mesmo.

O clipe de “Just do It” ajudou o Copacabana Club a rodar o mundo. Até o Kanye West assistiu (risos). Esse estouro foi muito súbito para vocês?

Caca V: Demais. O vídeo ficou com uma qualidade incrível. Não imaginava ter um primeiro video tão bom e tão bonito. É muito bom sentir que as pessoas estão curtindo. E o lance do Kanye West foi engraçado. Levei um susto quando vi o post.

T. Douglas: Para mim foi uma surpresa muito grande. Claro que quando vimos o clipe pela primeira vez a gente sabia que estávamos com um material muito bom nas mãos, mas toda a repercussão, inclusive o lance do Kanye West nos surpreendeu bastante. Sobre o processo criativo do clipe, bom, foi todo do Banzai [Studios, estúdio curitibano que trabalhou com o Coletivo Atalho no vídeo].

Vocês tocaram na MTV e têm feito shows cada vez mais freqüentes. Tem sido difícil aliar suas atividades pessoais com as da banda?

Caca V: Minha agenda de trabalho é um pouco mais flexível. As vezes fica mais difícil mesmo. Tenho trabalhado bastante. Para o Tile é um pouco mais complicado, porque ele tem um emprego normal, de escritório. Hora pra chegar e sair. E faltar por causa dos shows prejudica um pouco. Mas levamos até onde dá.

T. Douglas: Tem sido um pouco, sim… Tenho sorte do meu chefe até curtir a banda e notar que o lance é um pouco mais sério [risos]. Tenho conseguido negociar com ele umas faltas [risos].

E, com todo esse hype, tem aparecido muita tietagem?

Caca V: [Risos] Mais ou menos. Esses dias fui reconhecida, duas vezes. Foi engraçado. Inesperado. Não estou acostumada com isso. Ainda acho um pouco estranho.

T. Douglas: Sou o baixista, o que menos aparece [risos]. Mas assim, já me reconheceram na rua e tal, é legal…

Suas apresentações são bem animadas. Vocês são daqueles que acham que fazer ao vivo é mais importante do que a parte do estúdio?

Caca V: Acho que os dois são importantes, e bem distintos. Tem que haver dedicação no estúdio. E as apresentações são animadas, mas espontâneas. Tem que ser um processo natural… Eu me divirto muito nos shows.

T. Douglas: Acho que a gravação do estúdio é só uma versão da música, não a definitiva, apenas uma versão… Ao vivo tem que ser para valer, é ali que se faz a diferença.

Sobre o CSS, certa vez vocês disseram que o som das duas bandas não tem nada a ver. Quais foram as influências na composição do King of the Night?

Caca V: As faixas do King Of The Night são nossas primeiras de todas. E acho que elas têm uma levada bem semelhante. Mais disco. Depois delas fizemos umas novas, que acredito serem bem diferentes dessas. Mas ainda com a mesma proposta dançante.

T. Douglas: Cara, eu não sei te dizer por que foi o Alec quem escreveu toda a música, mas quando ele apresentou ela para a banda, pensamos em deixá-la dançante e pesada ao mesmo tempo. Acho que conseguimos o resultado.

O King of The Night foi lançado em formato físico, totalmente independente e por R$10. Esse esquema funciona bem no Brasil?

Caca V: Mais ou menos. Ele não é efetivo. Não temos distribuidor, então tem que ser da maneira mais lenta e complicada: depósito bancário e envio.

T. Douglas: É, não funciona, é apenas para divulgar um pouco mais e pagar o custo da prensagem.

Vocês estão gravando uma inédita, não?

Caca V: São duas! “Mrs. Melody” e “Sex Sex Sex”. Acho que finalizaremos elas neste mês. Ainda não temos previsão do formato em que vamos lançá-las. Mas queremos disponibilizá-las no Myspace o quanto antes.

T. Douglas: São duas músicas que eu gosto muito… Vai ser legal lançá-las, porque vai ajudar a dar uma outra imagem da banda, mais madura.

O Copa já passou por vários clubes do país, em diversos estados. Já dá pra vislumbrar a banda em palcos internacionais?

Caca V: Acho ainda um pouco cedo pra isso. Mas claro que se rolar vai ser demais. Queremos percorrer uns trechos pra cima do eixo Rio-SP que ainda não fizemos, e que deve ser bem legal.

T. Douglas: Acho importante tocarmos mais aqui no Brasil, o lance para fora vai ser conseqüência do que rolar aqui. Quero que as pessoas daqui conheçam a gente mais antes de sairmos do país.

por Alex Correa



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